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Conheça a história e as características de Milton do Ó, comandante do FC Cascavel

18/01/2018 15:03

Conheça a história e as características de Milton do Ó, comandante do FC Cascavel

De fala serena e tranquila, Milton passa confiança quando conta sobre os passos que tem dado desde que chegou ao FC Cascavel. Diferente do comportamento enérgico em campo, o técnico tem um jeito mais sossegado de lidar com os atletas nos momentos fora do gramado. Características que foram adquiridas ao longo de uma antiga e apaixonada relação com a bola. 


Desde a infância, o universo do futebol está presente no cotidiano de Milton do Ó, natural de Ponta Grossa. Filho e irmão de jogador, ele sempre viu os familiares atuando e naturalmente foi seguindo o mesmo caminho. Aos quatro anos, já se aventurava na escolinha de futebol montada pelo pai. “Nessa época eu não conseguia nem correr direito, mas eu lembro que desde então era meu grande sonho ser jogador. Com 12 anos já fui morar fora de casa e depois disso comecei a rodar o mundo”, relembra.


Estar no Oeste do Paraná agora mexe com a memória: Milton já morou em Marechal Cândido Rondon e chegou a jogar futsal pela Eucatur em Cascavel. Mas essas foram só as primeiras moradas de uma série de casas que já teve por conta da profissão. No Paraná, Milton morou em Apucarana, em Foz do Iguaçu e também em Curitiba, onde atuou pelo Paraná Clube. Também passou por Atlético Paranaense, Vitória da Bahia, Inter de Limeira e Fluminense. Jogou nas categorias sub-15, sub-17 e sub-20 da Seleção Brasileira e, em 1999, foi escalado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo para integrar a seleção profissional, estando ao lado de jogadores como Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo Fenômeno. 


Com apenas 16 anos, surgiu a primeira experiência fora do país: começando por Olympique de Marseille da França, passando por Samsun da Turquia, além de Marítimo de Portugal e Trofense de Portugal. Foram oito anos vivenciando o futebol do exterior, enriquecendo profissional e pessoalmente. “Eu só me identifiquei mesmo como jogador depois que morei fora. Não que eu não tenha aprendido no Brasil. Tive valorosos aprendizados aqui. Mas existem muitas dificuldades de se morar em outro país: ficar longe da família, se adaptar à língua e às pessoas diferentes. Você expande seu mundo, começa a desbravar e vê que ainda há muito para se aprender”, detalha.

Transição de jogador para técnico
Foi em terras lusitanas que Milton vivenciou seu precoce e forçado fim de carreira como atleta. Recém-contratado pelo Clube Desportivo Trofense de Portugal, ele não imaginava que um amistoso seria a sua última partida. “Eu tinha renovado contrato por três anos, e no último jogo de pré-temporada machuquei o joelho e nunca mais voltei a jogar. Parei aos 30 anos de idade. Pensava em jogar pelo menos até uns 35, 36 anos. Achava que tinha saúde para isso, mas não tinha (rs)”. A transição de jogador para treinador não foi fácil, já que ao retornar para o Brasil, Milton descobriu que o filho enfrentava um grave problema de saúde. E só com a cura do menino, 10 meses depois, que ele voltou a se envolver mais profundamente com o futebol. Foi aí que a trajetória como técnico começou. “Minha porta de entrada foi no mesmo time onde comecei como atleta: o Paraná Clube”. Depois ainda assumiu o time profissional do Juventus de Jaraguá do Sul, J. Malucelli e Prudentópolis, até chegar em setembro de 2017 ao FC Cascavel. 

Milton do Ó no comando do FC Cascavel 
Milton “professor” é um misto de todas as características que foi absorvendo nas relações com os treinadores que teve ao longo da vida, com pitadas muito originais de sua personalidade. Entre diversos nomes, ele destaca três que foram marcantes: Manoel Tulipa, de Portugal, com quem aprendeu um jeito moderno de lidar com o futebol; Abel Braga, com quem trabalhou no Paraná e no Fluminense, e absorveu muito conhecimento de “vestiário”, sobre gestão de grupo, administração de egos e vaidades. “E claro, meu pai, que foi o melhor treinador que eu tive e continua sendo”, conta, se referindo a Miltão do Ó. 


Coração fora de campo, enérgico dentro dele! É assim que o elenco do FC Cascavel enxerga o professor. O zagueiro Felipe Bortolucci sabe bem disso porque já foi treinado por Milton no Paraná Clube e no Prudentópolis. “Recebi vários conselhos dele por atuarmos na mesma posição. Ele é um cara que cobra muito, mas faz isso porque quer o seu melhor. E também não mistura as coisas: é muito ‘coração’ fora de campo, mas muito forte dentro do gramado porque ele acredita muito naquilo que faz. Vai chegar longe ainda porque é muito novo e tem um futuro brilhante”, comenta Felipe.


É esse perfil que o público que for aos estádios ao longo do Campeonato Paranaense 2018 vai conhecer.  “Eu vejo o futebol de uma forma apaixonada. Gosto de desfrutar do meu trabalho por inteiro. Acredito que quando uma equipe tem a bola ela tem que jogar, o jogador tem que estar feliz e aproveitar o jogo. E quando não tem, tem que marcar. Essas são minhas regras básicas. Acredito muito no trabalho com a bola. Quando era atleta não gostava muito de ficar correndo em volta do campo. E também não acredito que o pianista se desenvolve melhor correndo em volta do piano. Então é assim com o atleta. Sempre procuro produzir trabalhos para a equipe que eu estou trabalhando. Então não são coisas prontas que eu pego na internet, sempre tento produzir algo de acordo com os atletas que eu tenho. Para o Paranaense, a gente está com pé direito lá embaixo acelerando bastante, mas está tudo muito bem encaminhado. Até mais do que planejamos!”.

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